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Bolsas sobem, enquanto dólar e juros caem após dados fracos nos EUA e menor risco fiscal no Brasil
A aposta de que os juros não vão subir mais nos Estados Unidos e a melhora na percepção sobre as contas do governo no Brasil garantiram uma rodada de alta nas bolsas e de alívio no dólar e nos juros futuros nesta terça-feira.
Lá fora, números mais baixos no relatório Jolts sobre vagas em aberto nos Estados Unidos e a queda na confiança do consumidor americano, medida pelo Conference Board, reverteram a expectativa do mercado de que o Fed, o banco central dos EUA, pudesse subir novamente os juros na próxima reunião de política monetária, em setembro. Além disso, cresceram as apostas de que os juros por lá podem começar a cair antes, a partir de maio de 2024, e não mais a partir junho. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,85% (34.852,87 pontos); o S&P500 avançou 1,45% (4.497,77); e o Nasdaq teve alta de 1,74% (13.943,76).
Por aqui, houve melhora na percepção do chamado risco fiscal com as medidas anunciadas ontem à noite pelo governo para aumentar a arrecadação federal nos próximos anos, com taxação de fundos exclusivos e offshore. Hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou que não haverá mudança na meta de resultado primário em 2024, que prevê déficit zero. Haddad rebateu os rumores de que haveria discussões no governo para adotar uma meta de déficit de até 0,75% do PIB no próximo ano. O Ibovespa fechou em alta de 1,10%, aos 118.403,61 pontos, com volume financeiro de R$ 20 bilhões. O dólar à vista fechou em baixa de 0,42%, a R$ 4,8546. (Ana Conceição e Téo Takar)