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Bolsas voltam a cair, mesmo após China adotar medidas para tentar sustentar crescimento

Atualizado 17/08/2023 às 18:34:55

As incertezas sobre o ritmo de queda da inflação americana e sobre o crescimento da economia chinesa determinaram o tom negativo dos mercados nesta quinta-feira, cuja agenda trouxe poucos indicadores econômicos relevantes e muita especulação.

Pela manhã, o dólar recuou e as bolsas ensaiaram uma recuperação aqui e em Wall Street, apoiadas na intervenção feita pelo PBoC, o banco central da China, no câmbio local e na sinalização de apoio ao setor imobiliário do país, numa tentativa de sustentar o ritmo de crescimento de sua economia, cuja meta de expansão neste ano é em torno de 5%. As medidas deram suporte aos preços das commodities, com recuperação nos preços do petróleo e do minério de ferro.

À tarde, o clima de dúvida tomou conta dos ativos, com a disparada nos juros dos Treasuries, refletindo a expectativa de que o Fed, o banco central americano, continue elevando os juros por lá para conseguir levar a inflação para sua meta, de 2% ao ano. As bolsas em Wall Street fecharam em baixa, com destaque para as ações de tecnologia, mais sensíveis à alta dos juros. O índice Dow Jones caiu 0,84%, aos 34.474,83 pontos. O S&P500 recuou 0,77%, aos 4.370,36 pontos. E o Nasdaq perdeu 1,17%, aos 13.316,93 pontos.

Depois de esboçar uma recuperação, o Ibovespa acompanhou o mau humor externo e voltou a cair no meio da tarde, registrando o inédito 13º fechamento negativo consecutivo, de -0,53%, aos 114.982,30 pontos, com volume financeiro de R$ 27,2 bilhões.

Apesar da turbulência nas bolsas, o dólar à vista respeitou o teto dos R$ 5 e fechou em leve baixa de 0,10%, a R$ 4,9814. A moeda chegou a cair mais forte pela manhã, em uma tentativa de correção da alta acumulada de 5% neste mês, mas a busca por proteção falou mais alto, levando a moeda a encerrar longe da mínima do dia. (Téo Takar)

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