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Cautela predomina em NY antes do payroll; Ibovespa cai, a despeito do corte da Selic

Atualizado 03/08/2023 às 18:15:38

A cautela predominou em Wall Street hoje, com o mercado à espera do payroll, amanhã, e as bolsas em NY fecharam em queda. O principal relatório do mercado de trabalho dos EUA deve mostrar criação de 200 mil vagas em julho, pouco menos que as 209 mil de junho. Ainda assim, um número forte, que pode reforçar apostas mais agressivas para o Fed em setembro.

O índice Dow Jones caiu 0,19%, aos 35.215,89 pontos. O S&P 500 recuou 0,25%, aos 4.501,89, e o Nasdaq teve queda de 0,10%, aos 13.959,72.

Os retornos dos Treasuries de longo prazo, ainda sob influência do corte do rating dos EUA pela Fitch, tiveram forte alta. O juro do T-bond de 30 anos subiu a 4,300%, de 4,1773%, ontem. O da T-note de 10 anos avançou a 4,179%, de 4,085%. Na contramão, o juro da T-note de 2 anos caiu a 4,887% de 4,891%

Por aqui, a sessão pós-corte de 0,50pp na Selic pelo Copom foi volátil, com a bolsa reagindo positivamente à decisão pela manhã, mas sem conseguir se sustentar no campo positivo até o fim do dia. Colado na cautela externa, o Ibovespa fechou com queda de 0,23%, aos 120.585,77 pontos. O volume financeiro somou R$ 27 bilhões.

No câmbio, o corte maior que o esperado na Selic provocou uma relativa perda de apelo do real diante da redução do diferencial de juros com os EUA, onde a taxa básica pode continuar subindo. A aversão ao risco no exterior, com queda em commodities importantes para o Brasil também pesou.

O dólar à vista fechou com alta de 1,94%, a R$ 4,8987, após oscilar entre R$ 4,8423 e R$ 4,9002. O futuro para setembro subiu 2,20%, para R$ 4,9440.

No mercado de juros futuros, os vencimentos mais curtos recuaram, ajustando-se à queda mais agressiva da Selic, enquanto o “miolo” da curva operou em alta moderada e os longos exibiram pressão mais forte, sintonizados aos juros dos Treasuries de mais longo prazo, que tocaram as máximas em nove meses, na véspera do payroll.

No fechamento, o contrato de DI para jan/24 caiu, mas fechou na máxima de 12,480% (contra 12,636% na véspera); jan/25 recuou a 10,505% (de 10,668%); e jan/26 furou os dois dígitos, a 9,985% (de 10,041%). Já o jan/27 subiu a 10,135% (de 10,083%); jan/29, a 10,610% (de 10,455%); e jan/31, a 10,850% (de 10,668%). (Equipe BDM)

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