Diversos

Diretora do Fed sinaliza mais aperto e bota pressão sobre o dólar em semana de expectativa por números de inflação nos EUA

Atualizado 07/08/2023 às 18:45:09

Declarações da diretora do Fed Michelle Bowman deram o tom dos negócios nesta 2ªF de agenda esvaziada em Wall Street. Ela voltou a afirmar que mais altas de juros nos Estados Unidos serão necessárias para reduzir à inflação à meta de 2% e que as altas adicionais e a duração do nível restritivo dependerão dos dados. A fala ocorre na sessão seguinte dos números mistos do mercado de trabalho e reforçam a expectativa sobre a divulgação dos dados de inflação nos EUA nesta semana.

O dólar operou em alta frente aos principais pares lá fora, movimento que se repetiu perante o real. A exceção foi a libra, que se destacou após o economista-chefe do BoE alertar que os juros devem subir mais no Reino Unido. Segundo Huw Pill, “há o risco de não termos elevado os juros o suficiente”. O dólar à vista fechou em alta de 0,40%, a R$ 4,8946. O dólar futuro para setembro subiu 0,46%, para R$ 4,9215. Lá fora, por volta das 17h, o índice DXY tinha leve alta de 0,04%, aos 102,060 pontos. O euro caía 0,06%, para US$ 1,1003. E a libra ganhava 0,26%, para US$ 1,2783.

As bolsas em NY esboçaram recuperação após as perdas da semana passada, com ajuda da safra de balanços. O índice Dow Jones subiu 1,16%, aos 35.473,13 pontos. O S&P500 ganhou 0,90%, aos 4.518,44 pontos. O Nasdaq avançou 0,61%, aos 13.994,40 pontos.

Os juros dos Treasuries ficaram sem direção única. O juro do T-bond de 30 anos subiu a 4,266%, de 4,1987%, na 6ªF. O da T-note de 2 anos caiu a 4,778% de 4,7787%, o da T-note de 5 anos avançou a 4,1687%, de 4,1388%, e o da T-note de 10 anos subiu a 4,088%, de 4,0439%.

À espera do balanço de Itaú, o Ibovespa passou o dia no vermelho, mas conseguiu reduzir as perdas com a virada da Vale (+0,50%) para o terreno positivo no meio da tarde. O índice fechou com queda de 0,11%, aos 119.379,50 pontos. O volume financeiro somou R$ 19,4 bilhões.

As taxas dos DIs fecharam com pequena alta, influenciados pelo avanço do dólar no mundo e aumento dos retornos dos Treasuries. No mais, investidores estão à espera da agenda mais pesada a partir de amanhã, quando sai a ata do Copom. Depois da decisão de cortar a Selic em 0,50pp, parte do mercado já coloca na conta um BC mais agressivo no corte de juros do que o indicado no comunicado. Uma percepção que pode ser estancada, ou não, depois de conhecida a ata.

No primeiro boletim Focus após a decisão do Copom de cortar a Selic em 0,50 pp, a mediana das expectativas para 2024, foco do BC, caiu de forma marginal, de 3,89% para 3,88%. As medianas para o IPCA de 2023, 2025 e 2026 não se mexeram. No fechamento, o contrato de DI para jan/24 subiu a 12,490% (contra 12,463% na 6ªF); jan/25 avançou a 10,550% (de 10,476%); e jan/26 subiu a 9,995% (de 9,933%). O jan/27, a 10,110% (de 10,079%); jan/29, a 10,560% (de 10,545%); e jan/31, a 10,820% (de 10,796%).

Compartilhe:


Veja mais sobre:


Veja Também