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Dólar corrige em escala global e juros mudam aposta para Selic

Atualizado 17/04/2024 às 17:47:08

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O dólar passou por correção e devolveu hoje parte da alta acumulada de quase 3% em dois dias, acompanhando o movimento de alívio da moeda americana frente aos pares no exterior. No fechamento, caía 0,47%, a R$ 5,2439.

A demora de Israel em responder aos ataques do Irã ajudou a reduzir o clima de tensão nos mercados, ainda que temporariamente. O conflito continua em stand by, mas o petróleo caiu forte: -3% no Brent.

Os investidores também consideraram que o cenário de juros altos nos EUA por mais tempo já está precificado.

Em Washington, Roberto Campos Neto descartou uma intervenção no câmbio, apesar da alta recente. “Não reagimos à reprecificação do nosso prêmio de risco com intervenção no câmbio. Não queremos interferir e permitir um ataque especulativo.”

Já os comentários do presidente do BC sobre a “revisão fiscal”, como chamou a mudança das metas, influenciaram para a mudança nas expectativas para a Selic. O mercado passou a acreditar em corte menor no Copom de maio.

Os contratos mais curtos do DI passaram a subir quando RCN alertou que “se você perde a credibilidade na âncora fiscal, fica mais caro para âncora monetária”, admitindo a pressão nos prêmios de risco.

Afirmou que “precisamos ver o impacto nas variáveis dos modelos, e que até o próximo Copom, temos de observar a cada dia”. Essa declaração colocou em dúvida a queda de 50pbs contratada para o Copom de maio.

Já os juros longos na B3 caíram com os rendimentos dos Treasuries e o índice DXY, que mede a força do dólar, de volta aos 105 pontos.

As bolsas tiveram mais um dia negativo tanto em NY como no Ibovespa, que fechou em queda de 0,17%, ainda abaixo dos 125 mil pontos. Dow Jones recuou 0,12%, S&P 500, -0,58%, e o Nasdaq, -1,15%. (Rosa Riscala)

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