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Emenda de feriado nos EUA esvazia negócios nas bolsas em dia tenso na política brasileira
[24/11/23] Da Redação do Bom Dia Mercado
Os mercados tiveram mais uma sessão de volume reduzido nesta sexta-feira, com pregão mais curto nas bolsas americanas devido ao feriado prolongado do Dia de Ação de Graças por lá. No Brasil, as ações de varejo pesaram sobre o Ibovespa, diante dos primeiros números da black friday, que teria sido tão ou mais fraca em vendas do que a do ano passado.
Nos Estados Unidos, o destaque do dia foram os dados preliminares de atividade (PMIs), que vieram mistos. O PMI industrial recuou para 49,4, entrando em território de contração e contrariando a expectativa do mercado, de 50,2. Já o PMI de serviços subiu de 50,6 para 50,8, acima dos 50,7 previstos. De toda forma, os dados reforçam a avaliação de que o Fed, o banco central americano, não deve subir mais os juros nos EUA
No Brasil, o assunto do dia foi o veto integral do presidente Lula ao projeto que previa a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 2027. Embora a notícia seja boa do ponto de vista do cenário fiscal, pois deve aumentar a arrecadação do governo, os setores afetados alertam que a medida poderá causar demissões.
O veto também causou mal-estar no Congresso, com parlamentares criticando a postura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em se colocar contra o projeto que contou com ampla maioria de votos na Câmara e no Senado. O veto deve causar reação do Congresso, que tende a derrubar o veto de Lula e ainda travar o andamento da agenda econômica, como os projetos que visam elevar a arrecadação no ano que vem para que o governo cumpra a meta fiscal de déficit zero.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,17%, a R$ 4,8984. Na semana, a moeda caiu 0,15%. Na B3, o Ibovespa recuou 0,84%, para 125.517,27 pontos, mas acumulou ganho de 0,60% na semana.
Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,33% (35.390,61 pontos); o S&P500 avançou 0,06% (4.559,36); o Nasdaq recuou 0,11% (14.250,85). Na semana, os índices subiram 1,27%; 1,00%, 0,89%, respectivamente. (Téo Takar e Ana Conceição)