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Guerra fica em segundo plano e investidor vai às compras, de olho no fim do aperto do Fed
Os mercados globais ignoraram, mais uma vez, o conflito entre o Hamas e Israel, e seguiram com apetite por risco nesta terça-feira. Até o petróleo devolveu parte da alta de ontem, com investidores avaliando que a guerra tem efeito limitado à região e não deve afetar a oferta da commodity.
Declarações de dirigentes do Fed, o banco central americano, colaboraram para o movimento de alta das ações e de forte queda do dólar e dos juros dos Treasuries, os títulos de dívida dos Estados Unidos. Eles sinalizaram que, talvez, o ciclo de aperto monetário tenha terminado. Ontem, o vice-presidente do Fed, Phillip Jefferson, e a presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, adotaram essa postura. Hoje foi a vez de Raphael Bostic, do Fed de Atlanta, e Neel Kashkari, de Minneapolis, atuarem em um movimento coordenado para acalmar o mercado.
Para completar o cenário favorável aos ativos de risco, surgiu a notícia de que a China prepara um pacote de estímulos à economia local para garantir que o país cumprirá a meta de crescimento do PIB neste ano, de 5%.
Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,40%, aos 33.739,30 pontos. O S&P500 ganhou 0,52%, aos 4.358,24 pontos. E o Nasdaq avançou 0,58%, aos 13.562,84 pontos. Aqui, o Ibovespa fechou em alta de 1,37%, aos 116.736,95 pontos, com volume financeiro de R$ 20 bilhões. Já o dólar fechou em baixa de 1,44%, a R$ 5,0562, encostado da mínima do dia (R$ 5,0552). (Ana Conceição e Téo Takar)