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Ibovespa cai e dólar avança, após China e petróleo roubarem a cena em dia de inflação no Brasil e EUA

Atualizado 11/08/2023 às 18:15:13

Os mercados americanos operaram sem direção clara nesta sexta-feira, após o dado de inflação ao produtor (PPI) nos Estados Unidos vir acima das projeções dos analistas, colocando novamente em dúvida qual será o próximo passo do Fed. O dado veio acompanhado de uma leitura mais fraca do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, embora as expectativas para inflação tenham recuado no levantamento.

Nas bolsas de Wall Street, o Dow Jones subiu 0,30%, aos 35.281,40 pontos. O S&P500 caiu 0,11%, aos 4.464,05 pontos. E o Nasdaq recuou 0,68%, aos 13.644,85 pontos. Na semana, os índices registraram, respectivamente, alta de 0,62%, recuo de 0,31% e queda de 1,90%.

Por aqui, o foco desta sexta-feira foi a inflação medida pelo IPCA, que subiu 0,12% em julho, no teto das estimativas do mercado. Porém, a abertura dos números agradou os economistas, que destacaram a desaceleração nos preços do setor de serviços. Após o dado, os juros futuros operaram com viés de baixa, o dólar recuou e a bolsa chegou a subir 0,6%.

Mas, toda a história doméstica mudou à tarde. Mais uma vez, a preocupação com a economia chinesa falou mais alto, pressionando as ações ligadas a commodities. Dados divulgados hoje mostraram uma queda substancial nos empréstimos bancários na China, reforçando o receio de uma desaceleração mais forte da segunda maior economia do mundo.

Além disso, analistas apontaram que há riscos de pressão inflacionária no horizonte, como um possível reajuste de combustíveis. A cotação do petróleo completou hoje sete semanas de altas consecutivas. O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) afirmou que a Petrobras já comunicou ao governo que, se o Brent continuar subindo, terá de reajustar os preços.

O Ibovespa fechou em baixa de 0,24%, aos 118.065,14 pontos, na sua nona queda consecutiva. Desde agosto de 1998, a bolsa brasileira não registrava uma sequência negativa tão longa. Na semana, o índice recuou 1,21%. Os juros futuros fecharam mistos e o dólar à vista terminou a sessão em alta de 0,45%, a R$ 4,9041, acumulando ganho de 0,59% na semana. (Téo Takar)

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