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Mercados ensaiam recuperação com nova onda de estímulos na China, mas preocupação com novas altas de juros pesa novamente
Os mercados ensaiaram uma recuperação nesta sexta-feira, após uma semana de perdas nas bolsas e alta do dólar por conta das mensagens duras de política monetária dos principais bancos centrais. Hoje, o fator de alívio para os ativos de risco veio da China, o que deu apoio à recuperação das commodities. Mas a melhora durou pouco e novas declarações de membros do Fed pesaram sobre as bolsas no fim do dia.
Os governos municipais de Xangai e de Pequim anunciaram o relaxamento de regras para investimento estrangeiro direto (IED), para atrair empresas e apoiar a recuperação econômica da China. A notícia chegou a impulsionar os preços do minério de ferro, apoiando a recuperação das ações de mineração e siderurgia.
Porém, o cenário voltou a ficar negativo depois que membros do Fed reiteraram hoje que a pausa no aperto monetário na reunião da última quarta-feira não significa que o ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos já terminou. Suzan Collins, presidente do Fed de Boston, afirmou que não descarta outra alta dos juros e concorda com as projeções que mostram que os juros deverão permanecer elevados por mais tempo. E a diretora do Fed, Michelle Bowman, disse que provavelmente será apropriado subir mais os juros e mantê-los restritivos por mais tempo para a inflação retornar à meta de 2%.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,05%, a R$ 4,9325. Na semana, a moeda acumulou alta de 1,26%. Já o Ibovespa fechou em queda de 0,12%, aos 116.008,64 pontos. Na semana, o índice acumulou perda de 2,31%.
Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,31%, aos 33.963,84 pontos. O S&P500 recuou 0,23%, aos 4.320,06 pontos. E o Nasdaq perdeu 0,09%, aos 13.211,81 pontos. Na semana, os índices acumularam perdas de 1,89%, 2,93% e 3,62%, respectivamente. (Téo Takar)