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Mercados se mantêm em cautela à espera dos próximos eventos

Atualizado 18/04/2024 às 18:04:26

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Os mercados em NY seguiram na defensiva pressionados pelas preocupações crescentes em torno da trajetória da inflação nos EUA e da expectativa de que os juros americanos vão demorar para começar a cair.

O presidente do Fed de NY, John Williams, afirmou hoje que, embora não seja seu cenário-base, os juros podem até subir se os dados exigirem isso. Raphael Bostic (Fed/Atlanta) repetiu que não vê possibilidade de corte de juros antes do fim do ano.

A fala de Williams deu mais força aos retornos dos Treasuries, que já subiam depois de os pedidos de auxílio-desemprego virem, de novo, abaixo (212 mil) do esperado (215 mil), reforçando a resiliência do mercado de trabalho americano.

Em NY, o S&P500 caiu 0,22% (5.011,16 pontos) e o Nasdaq perdeu 0,52% (15.601,50). O Dow Jones fechou estável, a +0,06% (37.777,81).

A tensão no Oriente Médio segue no radar, com ameaças do Irã de responder a uma retaliação por parte de Israel, mas o petróleo voltou a fechar em baixa (-0,21%), com o contrato de junho do Brent a US$ US$ 87,11 por barril, na ICE.

O dólar voltou a oscilar em alta, acompanhando o comportamento da moeda em escala global: R$ 5,2502 (+0,12%). Já os juros futuros, em níveis bastante elevados após o estresse da véspera, tiveram uma pausa e encerraram perto dos ajustes de ontem.

O Ibovespa conseguiu defender os 124 mil pontos no fechamento (+0,02%, 124.196,18) após bater a mínima de 123.396,53, com as ações de bancos pesando no pregão.

Em Washington, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que não é possível ainda saber o impacto da reprecificação dos juros nos EUA sobre a política monetária no Brasil, já que “estamos no meio desse movimento”.

O ministro Fernando Haddad, que também participou da entrevista do G-20 ao lado de RCN, destacou a influência externa sobre o mercado doméstico, evitando comentar a questão fiscal como fator adicional.

Haddad decidiu antecipar a volta ao Brasil para acompanhar a pauta econômica no Congresso, que podem ajudar no esforço arrecadatório do governo. (Rosa Riscala)

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