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Mercados têm mais um dia de perdas com juros altos nos EUA e risco fiscal

Atualizado 16/04/2024 às 18:03:27

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Em rápida participação no Fórum de Washington, no início da tarde, Jerome Powell confirmou o que os mercados globais já antecipavam, que os juros nos Estados Unidos vão continuar elevados por mais tempo.

Segundo ele, a economia americana está muito forte e o Fed precisa ter mais segurança de que a inflação caminha para a meta (de 2%).

O alerta de Powell, que transfere para setembro o início dos cortes dos juros, causou um pico de estresse em NY, acentuando o avanço dos rendimentos dos Treasuries e impulsionando o dólar ante moedas rivais e emergentes.

Os reflexos nos ativos domésticos foram imediatos. Frente ao real, o dólar bateu a máxima de R$ 5,2875 no mercado à vista, enquanto os juros futuros explodiam na B3 e o Ibovespa renovava mínimas, abaixo dos 124 mil pontos.

No fechamento, o Ibovespa caía 0,75% (124.388,62), o dólar subia 1,61%, cotado a R$ 5,2688, e as taxas do DI estavam nas máximas.

Em NY, o juro de 10 anos – referência para o mundo – está acima de 4,60%, impondo grande volatilidade às bolsas em Wall Street: Dow Jones foi o único índice a fechar positivo (+0,17%); S&P 500 caiu 0,21% e o Nasdaq, -0,12%.

As incertezas geopolíticas entram como fator adicional no ambiente pesado no exterior, mas não como o principal. Nem lá, nem aqui.

No Brasil, além de sentir o baque dos juros elevados nos Estados Unidos, os mercados reproduzem o pessimismo com o cenário fiscal, depois que o governo mudou as metas e colocou o arcabouço em xeque.

Em entrevista concedida em Washington, onde está para a Reunião de Primavera do FMI, Haddad tentou relativizar o estrago das últimas medidas, afirmando que “dois terços da pressão do dólar” são explicados por fatores externos. Mas não aliviou. (Rosa Riscala)

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