Diversos
Mercados têm movimentos contidos, com investidor cauteloso antes do payroll
Os mercados operaram novamente em clima de cautela nesta quinta-feira e registraram oscilações contidas, com investidores à espera do ‘payroll’, o principal dado de geração de empregos nos Estados Unidos, amanhã.
Um número forte do mercado de trabalho americano pode pressionar ainda mais os rendimentos dos Treasuries, os títulos de dívida dos EUA, cujo avanço tem sido o principal responsável pelo recente aumento dos prêmios no mercado doméstico de juros, pela alta do dólar e pela queda das bolsas.
Hoje, o dado semanal de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA marcou 207 mil, abaixo do esperado (213 mil), indicando que o mercado de trabalho permanece aquecido, mas não chegou a estressar os títulos americanos. Mesmo assim, os retornos dos papéis seguiram perto de suas máximas históricas. A nova queda do preço do petróleo também contribuiu para um dia mais ameno, uma vez que afasta o risco de um fator inflacionário importante: os preços dos combustíveis.
Por aqui, os investidores ficaram decepcionados com o adiamento da votação do projeto de lei que taxa fundos exclusivos e ‘offshores’ (fora do país). A tributação é considerada importante pelo governo para aumentar a arrecadação e cumprir a meta fiscal de déficit zero no ano que vem.
Ainda no noticiário do dia, as contas públicas devem ter mais um baque em 2023, de R$ 500 milhões, devido à volta da desoneração do diesel até o fim do ano. O governo contava com os recursos previstos em uma medida provisória, que caducou, para compensar o gasto com o plano temporário de subsídio à compra de carros novos.
Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,03%, aos 33.119,57 pontos. O S&P500 recuou 0,13%, aos 4.258,19 pontos. E o Nasdaq perdeu 0,12%, aos 13.219,83 pontos. Aqui, o Ibovespa fechou em queda de 0,28%, aos 113.284,08 pontos, com volume financeiro baixo, de apenas R$ 16,9 bilhões. O dólar à vista fechou em alta de 0,31%, a R$ 5,1692. (Ana Conceição e Téo Takar)