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Meta fiscal e Powell no radar

Atualizado 22/03/2024 às 07:15:18

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Powell participa de evento às 10h e, se falar de política monetária, a torcida é para que confirme a orientação do gráfico de pontos de três cortes de juro este ano nos EUA, com o chance de o ciclo começar em junho. É o que tem embalado as bolsas em NY, que ontem, pelo segundo pregão consecutivo, cravaram recordes históricos simultâneos.

Sem a mesma sorte, o Ibov não acompanha o rali, sob o desconforto do comunicado do Copom, que não comunicou direito. O investidor está no escuro sobre quais são as “incertezas domésticas” que levaram o BC ao ajuste no guidance, sinalizando que nova queda de 0,5pp da Selic só vale, por enquanto, na próxima reunião de política monetária (maio).

A suspeita de que é o fiscal que está pegando pode limitar maior entusiasmo hoje com o relatório bimestral de receitas e despesas (10h). Deve vir bloqueio de só R$ 3 bilhões e meta de déficit fiscal ainda zero.

A projeção inicial era de que seria necessário bloquear de R$ 5 bilhões a 15 bilhões para continuar bancando no relatório a ser enviado ao Congresso a promessa da Fazenda de zerar o déficit das contas públicas em 2024.

Mas a surpresa positiva da elevação das receitas (com a arrecadação melhor neste início de ano) e da revisão de gastos previdenciários com o INSS deve permitir que o Executivo congele menos recursos aos ministérios.

O mercado, porém, que nunca acreditou na meta, teme que ainda neste primeiro semestre (maio) o governo se veja obrigado a alterar o target fiscal, para déficit de 0,25% do PIB ou algo pior, pressionado pelos gastos maiores.

Uma política fiscal mais expansionista está contratada não apenas pelas eleições municipais, mas especialmente pela corrida do governo para reverter a queda de popularidade de Lula revelada pelas pesquisas de opinião.

… No final da tarde de ontem, a Datafolha apontou que, um ano e três meses depois de assumir a Presidência da República pela terceira vez, Lula vê a sua aprovação empatar tecnicamente com a rejeição ao seu governo. Segundo o levantamento, 35% consideram o trabalho do presidente ótimo ou bom, de 38% antes. A reprovação (avaliação como ruim ou péssimo) subiu de 30% para 33%.

MAIS AGENDA – O secretário do Orçamento, Paulo Bijos, comenta o relatório bimestral de receitas e despesas às 10h30. Lá fora, os diretores do Fed Michelle Bowman e Philip Jefferson estarão junto com Powell no evento de hoje. Além deles, outros dois integrantes do Fed participam de conferências: Michael Barr (13h) e Raphael Bostic (17h).

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