[10/01/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

As bolsas em NY subiram nesta 4ªF, em dia que serviu para os investidores se posicionarem antes dos dados de inflação ao consumidor (CPI) nos EUA, na 5ªF. O indicador mais esperado desta semana vai calibrar as apostas para as próximas decisões do BC americano sobre a taxa de juros.

Os Treasuries subiram em sua maioria hoje, com exceção da T-note de 2 anos, que sofreu leve queda.

Há pouco, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, afirmou que será preciso manter uma postura de política monetária restritiva por algum tempo. Ele acredita que a inflação medida pelo PCE deve chegar a 2,25% neste ano e a 2% em 2025.

Por aqui, o Ibovespa operou descolado de Wall Street e caiu, com as ações de commodities pressionando o índice mais uma vez, especialmente metálicas e mineradoras. Os traders locais também estão à espera dos dados do IPCA amanhã, que deve ficar dentro do teto da meta, segundo projeções do mercado.

Mais cedo, o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, disse em evento do JP Morgan que as expectativas de inflação são um fator importante e, caso estejam acima da meta, é preciso uma política monetária mais restritiva. A declaração mais hawkish pressionou os juros futuros mais longos, mas os DIs fecharam mistos no geral.

Em Brasília, a decisão sobre a MP de reoneração ficou para a próxima 2ªF, quando o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltará de férias e se encontrará com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

O dólar, por sua vez, fechou em queda moderada com fluxo de exportações.

O Ibovespa fechou em queda de 0,46%, aos 130.841,09 pontos, com volume de R$ 19,5 bilhões. O dólar à vista caiu 0,30%, a R$ 4,8916.

Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,45%, aos 37.695,40 pontos. O S&P 500 ganhou 0,57%, aos 4.783,39 pontos. E o Nasdaq avançou 0,75%, aos 14.969,65 pontos. (Eduardo Saraiva)