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Payroll causa volatilidade nos mercados, mas investidor prefere ver ‘copo meio cheio’ e corrige exageros da semana

Atualizado 06/10/2023 às 18:15:14

Os mercados tiveram mais uma sessão volátil nesta sexta-feira, marcada pela divulgação do relatório oficial de emprego nos Estados Unidos, o “payroll”. Foram criados 336 mil vagas no país no mês passado, o dobro das 170 mil esperadas pelos economistas.

No primeiro momento, as bolsas caíram e o dólar disparou junto com os juros dos Treasuries, os títulos do governo americano. O mercado de trabalho resiliente, já apontado pelo relatório Jolts no início desta semana, seria a desculpa perfeita para o Fed, o banco central americano, aplicar uma nova alta de juros para conter o avanço da inflação, na sua próxima reunião de política monetária, em novembro.

Porém, depois de uma semana dura, de queda de ativos de risco e disparada do dólar e dos juros dos Treasuries, o mercado passou a “olhar o copo meio cheio”, se apegando a um detalhe do payroll: o salário médio por hora do americano subiu 0,2% em setembro sobre agosto, menos que a previsão de alta de 0,3%, e em linha com a alta de agosto, de 0,2%. O dado sugere que a inflação, pelo menos nos salários, está desacelerando, o que justificaria um Fed menos agressivo em sua política monetária nas próximas reuniões.

Com a mudança de percepção, as bolsas testaram máximas. Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,87%, aos 33.407,58 pontos. O S&P500 ganhou 1,18%, aos 4.308,50 pontos. E o Nasdaq avançou 1,60%, aos 13.431,34 pontos. No acumulado da semana, o Dow Jones caiu 0,30%, mas o S&P500 e o Nasdaq subiram, respectivamente, 0,48% e 1,60%.

Por aqui, o Ibovespa fechou em alta de 0,78%, aos 114.169,63 pontos, mas acumulou perda de 2,06% na semana. O dólar terminou valendo R$ 5,1622, com queda de 0,14% no dia, mas alta de 2,69% na semana. (Téo Takar)

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