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Piora do déficit fiscal deste ano limita alta das ações e faz dólar subir
[22/11/23] Da Redação do Bom Dia Mercado
A revisão da expectativa do governo para o déficit primário de 2023, que piorou de R$ 141,4 bilhões para R$ 177,4 bilhões, no relatório bimestral de despesas divulgado hoje, pesou sobre os ativos domésticos na tarde desta quarta-feira. O número ajudou a colocar mais dúvidas na capacidade de o governo conseguir cumprir a meta de déficit zero no ano que vem.
Pela manhã, a bolsa chegou a mostrar ganhos mais consistente e o dólar caiu com declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que se mostrou mais otimista com a trajetória da inflação e sinalizou uma possibilidade de o Comitê de Política Monetária (Copom) acelerar o ritmo de cortes da taxa Selic a partir de março de 2024.
A aprovação do projeto de tributação de fundos offshore e exclusivos na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado no final da manhã também foi um fator de alívio. Porém, a votação da proposta no plenário acabou adiada para a próxima semana, assim como do projeto de tributação das apostas esportivas. Ambos são essenciais para o governo aumentar a arrecadação no ano que vem para cumprir a meta de déficit zero.
Nos Estados Unidos, o clima nos mercados foi morno, com investidores já no ritmo do feriado prolongado de Ação de Graças nos EUA. As ações da Nvidia foram destaque do dia, mas terminaram em queda de 2,46%, mesmo após a favbricante de chips usados em equipamentos de inteligência artificial trazer balanço com lucro de US$ 9,24 bilhões no 3TRI23, quase 12 vezes maior do que há um ano. A companhia alertou que as restrições às exportações de chips para a China pelo governo americano poderiam levar a uma queda nas vendas no próximo trimestre.
Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,53%, aos 35.273,03 pontos. O S&P500 ganhou 0,41%, aos 4.556,62 pontos. E o Nasdaq avançou 0,46%, aos 14.265,86 pontos. Amanhã não haverá pregão por lá devido ao feriado.
Na B3, o Ibovespa fechou em alta de 0,33%, aos 126.035,30 pontos, com volume de R$ 27 bilhões. O dólar à vista fechou em leve alta de 0,07%, a R$ 4,9017. (Téo Takar)