Diversos
Véspera de feriado quente tem RTI aqui e PIB nos EUA
Apareceu ontem à noite mais um Fed boy, o falcão Christopher Waller, para colocar em dúvida o ciclo de corte de juro nos EUA. Hoje, as apostas serão movimentadas pela leitura final do PIB/4Tri nos EUA (9h30), com o PCE trimestral embutido. Mas é amanhã, quando os mercados globais estarão fechados para a Semana Santa, que vem o melhor da agenda americana, com o PCE de fevereiro (9h30) e participação de Powell em evento (12h30).
A expectativa pode desencadear posições defensivas nesta véspera do feriado, que fecha os Treasuries mais cedo (15h).
Aqui, o mercado redobra o interesse pelo RTI (8h) e pela Pnad (9h), após a ata do Copom ter citado o mercado de trabalho e os salários fortes como fatores de pressão sobre a inflação de serviços. O Relatório de Inflação será comentado em coletiva de imprensa por Campos Neto e Diogo Guillen, às 11h.
A taxa de desemprego da Pnad relativa ao trimestre móvel encerrado em fevereiro deve indicar um mercado de trabalho menos aquecido, diante da sazonalidade do período. Em pesquisa Broadcast, a mediana do mercado indica que o desemprego deve subir para 7,8%, contra 7,6% no trimestre móvel até janeiro.
Assim como no Caged, o protagonismo da Pnad fica com o resultado da massa de salários em circulação na economia, que cravou nível recorde de R$ 305,125 bi no trimestre encerrado em janeiro.
PERSE ENXUTO – O governo formalizou ontem, em projeto de lei, as suas propostas para a redução do programa emergencial ao setor de eventos (Perse) e para a desoneração da folha de salários dos municípios. A Fazenda propõe cortar de 30 para 12 as atividades econômicas beneficiadas pelo Perse e criar uma “escada” para a redução gradual do benefício até 2026.
MAIS AGENDA – O CMN (15h) se reúne. Às 14h30, o Tesouro divulga o relatório da dívida pública de fevereiro e o BC informa o fluxo cambial. Os balanços da Azul e Gol saem antes da abertura e do IRB, após o fechamento.
NOS EUA – A previsão para a leitura final do PIB/4Tri é de alta de 3,3% na margem e de 3,1% na comparação anual. Mais do que o ritmo da atividade, porém, é o fôlego da inflação que está no centro do debate do Fed.
Diretor do BC americano, Christopher Waller confirmou ontem à noite seu DNA hawkish. Ele disse não ver urgência para começar a cortar juros e quer pelo menos mais dois meses de dados para avaliar se a hora chegou.
Além do PIB, tem para conferir hoje na agenda o índice de sentimento do consumidor em março, medido pela Universidade de Michigan, com as expectativas de inflação em 1 ano e 5 anos. O dado será divulgado às 11h. O auxílio-desemprego (9h30) tem previsão de alta de 5 mil pedidos, a 215 mil. Sai ainda o PMI/ISM de Chicago em março (10h45).
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