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Wall Street vê emprego forte como sinal de mais juros pelo Fed; Ibovespa devolve ganho com impasse em Brasília
Os mercados globais seguem em forte correção nesta 5ªF, com a aversão ao risco embalada pelos dado forte de geração de emprego nos EUA medido pela ADP, que funciona como uma prévia do payroll, que será conhecido amanhã. A atividade ainda aquecida do setor de serviços no país, medida tanto pelo ISM como pela S&P completa o quadro para que o Fed siga com mão firme e aplique novas altas de juros para esfriar a economia resiliente e controlar a inflação persistente.
Em Wall Street, bolsas para baixo (Dow -1,08%; S&P500 -0,83% e Nasdaq -0,86%) e juros dos Treasuries para cima, com a T-note de 2 anos acima dos 5% (5,0227%) em nível que não era visto há 16 anos. Apenas o dólar perde terreno frente aos pares (DXY -0,16%), dada a percepção de que BCE e BoE terão que ser ainda mais duros do que o Fed em suas políticas monetárias para segurar a disparada dos preços. Aqui, além do clima externo tenso, pesa o clima político em Brasília.
Se, por um lado, a reforma tributária parece avançar e tem chances de ser votada nesta semana, dois temas importantes para o governo – o projeto do Carf e o novo arcabouço fiscal – provavelmente ficarão “congelados” até a volta do recesso parlamentar, em agosto. Depois de testar mais uma vez o teto dos 120 mil pontos, o Ibovespa engata forte realização e cai 1,57%, aos 117.674 pontos. A correção também atinge o dólar (+1,46%, a R$ 4,9213) e os juros futuros (Jan/24 a 12,865%; Jan/27 a 10,325%; Jan/29 a 10,670%). (Téo Takar)