Economia
Brasil pode arrecadar R$ 256 bilhões com nova tributação de super-ricos, mostra coluna
O Brasil tem a possibilidade de levantar cerca de US$ 47,5, ou aproximadamente R$ 256 bilhões na cotação atual, se aprovasse a tributação de super-ricos. Segundo estudo da Tax Justice Network, antecipado pelo coluna da Míriam Leitão do O Globo, o valor arrecadado seria com uma taxa entre 1,7% e 3,5%.
Caso a tributação fosse adotada globalmente, a arrecadação anual seria de US$ 2,1 trilhões, o que seria o dobro da quantia necessária para o financiamento climático de países emergentes. O estudo é baseado no modelo de imposto sobre a riqueza vigente atualmente na Espanha.
De acordo com o grupo, os países teriam um adicioanl de 7% em média no orçamento com a implementação dessa tributação de grandes riquezas.
A arrecadação global do estudo, no entanto, ficou afastado das estimativas do economista francês Gabriel Zucman, professor de economia na Escola de Economia de Paris e da Universidade da Califórnia. Com um imposto mínimo de 2%, ele previu que o mundo conseguiria entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões anualmente.
O estudo apresenta que o modelo de tributação progressiva atingiria cerca de 3 mil pessoas inicialmente. São indivíduos com mais de US$ 1 bilhão de riqueza, distribuídos em ativos, imóveis, ações, participação na propriedade de empresas, entre outros, e que ainda não pagam pelo menos 2% de imposto de renda anual.
Uma pesquisa feita pela Ipsos, em junho, mostrou que 69% dos brasileiros apoiam a taxação de grandes riquezas. O documento, que também contou com a participação de outros 21 países, mostra que a porcentagem foi próxima da média para o G20 de 68%. O Brasil teve a sétima maior taxa de aprovação da medida.