Economia

Copom mantém Selic em 10,50% em decisão unânime

Atualizado 19/06/2024 às 18:52:16

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[19/06/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (19) manter a taxa básica de juros, a Selic, em 10,50%, interrompendo um ciclo de flexibilização monetária que durava quase um ano.

A decisão do Copom em manter a Selic no atual patamar foi unânime, o que causa um alívio aos agentes do mercado, que esperavam a possibilidade de uma nova divisão do Banco Central sobre a condução da política monetária.

No comunicado, o Copom destaca que a decisão foi tomada em decorrência das incertezas tanto no cenário externo quanto doméstico. “O Comitê, unanimemente, optou por interromper o ciclo de queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela”, disse.

“Ressalta, ademais, que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, destacou o comunicado.

Sobre a inflação, o Copom lembrou que as expectativas de inflação aumentaram, o que exige calma na condução dos juros.

“A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, ampliação da desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária”, mostrou o relatório.

Copom: Projeções e fiscal

As projeções de inflação do Comitê estão em 4,0% em 2024 e 3,4% em 2025. As projeções para a inflação de preços administrados são de 4,4% em 2024 e 4,0% em 2025.

O BC também realizou um cenário alternativo, no qual a taxa Selic é mantida no mesmo patamar nos próximos meses. Assim, as projeções de inflação situaram-se em 4,0% para 2024 e 3,1% para 2025.

O Copom também dedicou um parágrafo inteiro para a questão fiscal do país, enfatizando que o BC monitora o assunto e que é necessário uma política crível.

“O Comitê monitora com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros”, mostrou o comunicado. “O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária.”

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