O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou que foram criados 275 mil postos de trabalho no país em fevereiro, acima das 229 mil do mês anterior (dado revidado de 353 mil) e acima também do consenso, que era 200 mil vagas. O relatório, chamado de payroll, mostrou também que a taxa de desemprego da maior economia do mundo subiu para 3,9% em fevereiro, acima dos 3,7% de janeiro. A expectativa era de que o índice permanecesse em 3,7%. Já o salário médio por hora teve alta de 0,1% em fevereiro, abaixo do 0,5% dm janeiro e menor também que a previsão de elevação de 0,3%.

SUAVE NA NAVE. A economia dos EUA criou mais empregos do que o esperado, reforçando a solidez no mercado de trabalho.  Os futuros de NY já sobem (Dow +0,05%; S&P +0,24% e Nasdaq +0,17%), o DXY cai mais (-0,32%) e os rendimentos dos Treasuries aprofundam perdas (o de 2 anos a 4,43% e o de 10 anos a 4,05%), diante dos rendimentos (subiram apenas +0,1%) e da taxa de desemprego (+3,9%, de +3,7%). Considerando as revisões em baixa dos meses anteriores, o ganho é efetivamente menor do que o esperado. O payroll subiu em 275 mil em fevereiro de 229 mil em janeiro (revisado de 353 mil), ante expectativa de 200 mil. O mercado de trabalho robusto tem sido um dos fatores que tem impedido a Fed de reduzir as taxas mais cedo. Ontem, pedidos de subsídio de desemprego se mantiveram em níveis historicamente baixos, a mais recente evidência de um mercado de trabalho resiliente. Jerome Powell, por sua vez, reiterou durante dois dias no Capitólio que ainda é cedo para cortar juros. Consistente com a avaliação de economia nem quente, nem fria, no geral é positivo para as perspectivas de inflação, que ganha as atenções na próxima 3ªF. (Ana Katia)