Economia
Governo eleva projeção de déficit primário para R$ 32,6 bilhões, abaixo do limite da meta
O Ministério do Planejamento e Orçamendo (MPO) mostrou nesta segunda-feira que o governo elevou a expectativa de déficit primário total do governo para R$ 32,6 bilhões, de R$ 14,5 bilhões da projeção anterior. O dado consta na apresentação do relatório de avaliação de receitas e despesas primárias do terceiro bimestre.
Com a nova estimativa, o governo está R$ 3,8 bilhões atrás do limite inferior da meta, de R$ 28,8 bilhões, ou 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).
O governo apresentou o documento que oficializou a contenção de R$ 15 bilhões, antecipado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada. Foram R$ 11,2 bilhões em bloqueio devido ao aumento das despesas obrigatórias e R$ 3,8 bilhões em contingenciamento, considerando o limite inferior da meta.
Segundo o governo, o detalhamento da contenção de recursos por órgão ou ministério será feito no Decreto de Programação Orçamentária e Financeira, que será publicado no dia 30 de julho.
O MPO elevou a despesa obrigatória de 2024 de R$ 2,0 trilhões para R$ 2,029 trilhões, enquanto a discricionária foi de R$ 208,8 bilhões para R$ 200,4 bilhões. A receita primária total, por sua vez, passou para R$ 2,698 trilhões, de R$ 2,704 trilhões. A receita líquida caiu de R$ 2,181 trilhões para R$ 2,168 trilhões.
Em relação aos indicadores macroeconômicos, a projeção de crescimento do PIB real subiu de 2,45% para 2,54%. Entretanto, o governo também elevou a estimativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dado oficial de inflação, para 3,90% neste ano, de 3,70%.