Economia
Governo reverte bloqueio de R$ 2,9 bilhões do Orçamento feito em março
[22/05/24] Da Redação do Bom Dia Mercado
Com o aumento do limite de R$ 15,8 bilhões no Orçamento, o governo reverteu o bloqueio de R$ 2,9 bilhões realizado em março, de acordo com o Ministério do Planejamento e Orçamento nesta quarta-feira (22). A informação consta no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do segundo bimestre deste ano.
Segundo o documento, a previsão do governo passou para um déficit primário de R$ 14,5 bilhões, um aumento sobre os R$ 9,3 bilhões do último relatório. O dado representa 0,1% do PIB e já considera a dedução referente à calamidade pública no Estado do Rio Grande do Sul.
A estimativa de receitas primárias neste ano subiu para R$ 2,704 trilhões, ante R$ 2,688 trilhões na comparação com a projeção anterior. Por sua vez, a estimativa para as receitas líquidas subiu de R$ 2,175 tri para R$ 2,181 tri.
A despesa discricionária em 2024 passou de R$ 204,4 bilhões para R$ 208,8 bilhões. A despesa total subiu de R$ 2,185 trilhões para R$ 2,209 trilhões, enquanto as obrigatórias avançaram para R$ 2,000 tri, de R$ 1,980 tri.
A previsão de gastos com benefícios previdenciários em 2024 subiu R$ 3,5 bilhões, para R$ 917,8 bilhões. Já a projeção para os pagamentos de pessoal e encargos sociais diminuiu R$ 1,8 bilhão, para R$ 372,8 bilhões. Os valores estimados para o pagamento de precatórios e sentenças judiciais caíram R$ 300 milhões, para R$ 35 bilhões.
As projeções para indicadores econômicos também sofreu alterações. Segundo o relatório, a estimativa para a taxa Selic média neste ano passou de 9,63% para 10,31%. A projeção para o câmbio médio, por sua vez, passou de e R$ 4,64 para R$ 5,04.
A expectativa para a inflação medida pelo IPCA de 2024 ficou em 3,7%, enquanto o PIB é de 2,45%.
Rio Grande do Sul
O Ministério publicou um balanço de medidas tomadas até agora pelo governo federal relacionadas à calamidade pública no Rio Grande do Sul.
Até o momento, segundo o governo, o impacto primário das medidas será de R$ 12,9 bilhões.
Esse montante, no entanto, fica excluído do cômputo da meta de resultado primário e dos limites de gastos do novo arcabouço fiscal.