O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou em entrevista ao G1 que se encontrará nesta terça (11) com Rodrigo Pacheco, o presidente do Senado, para conversar sobre a tramitação da reforma tributária da Casa.

O ministro disse que o governo não vai aguardar a tramitação no Senado para mandar ao Congresso a segunda fase da reforma tributária, que terá de seguir junto com a proposta do Orçamento. “O Congresso deve apreciar a segunda etapa junto com a peça orçamentária, já que é pressuposto da segunda etapa”.

Haddad disse que as peças vão juntas “para que haja uma responsabilização compartilhada” e também cobrou responsabilidade do Banco Central, deixando subentendida a necessidade de redução dos juros.

“O BC também terá de fazer sua parte, eu dependo da atividade para arrecadar, políticas fiscal e monetária não podem colidir. Objetivo da [reforma] não é criar imposto, crescimento da economia é que aumentará arrecadação”, disse, acrescentando que não tem e não pode ter “problema com ninguém” e sempre argumenta com parâmetros e argumentos técnicos.

O ministro reafirmou também que é possível zerar o superávit primário em 2024, com o Congresso e o Judiciário fazendo a sua parte. “O Executivo vai fazer a sua parte, não criando despesas, cortando gastos e fazendo a defesa do Tesouro dos tribunais”.

Haddad disse que sua boa relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira, é a volta da política com ‘P’ maiúsculo, está trazendo resultados: “A seriedade e a abertura com que [Lira e eu] tratamos os assuntos criou um ambiente de maior confiança”.