Economia

Inadimplência no Brasil se mantém acima de 44% e reforça a necessidade de educação financeira 

Atualizado 01/10/2024 às 08:14:55

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Segundo pesquisa, 61% dos brasileiros não possuem poupança ou investimentos. Especialista alerta para a falta de planejamento como principal causa das dívidas.

De acordo com o último Mapa de Inadimplência e Renegociação de Dívidas do Serasa, o número de famílias endividadas no Brasil é de cerca de 72,5 milhões, representando 44% dos lares brasileiros. O estado de São Paulo, por exemplo, ocupa o décimo lugar no ranking, com 45,8% de inadimplentes. Já o Rio de Janeiro lidera a lista, com 54,16%, seguido pelo Distrito Federal com 52,74%.

Daiane Alves, educadora financeira da Neon, aponta que o principal fator por trás desse cenário é a falta de planejamento financeiro adequado, tendo em vista que aproximadamente 61% dos brasileiros não possuem nenhum tipo de poupança ou investimento, segundo pesquisa da Ipsos.

“Muitas famílias acabam se endividando não apenas por gastar mais do que ganham, mas também por não estarem preparadas para imprevistos”, explica. Por isso, a educadora financeira trouxe cinco conselhos práticos para fugir da inadimplência.

1. Entenda o seu orçamento

Mapeie todas as suas fontes de renda e distribua os valores entre os seus gastos fixos e variáveis. Por exemplo, se a renda mensal de uma família é de R$ 5 mil é preciso detalhar quanto disso é destinado à moradia, alimentação, transporte e outras despesas. Assim, fica mais fácil entender onde é possível economizar ou fazer ajustes.

2. Esteja preparado para os imprevistos

Crie uma reserva de emergência que cubra pelo menos três meses de despesas essenciais. Se os custos mensais da sua casa são de R$ 4 mil, seu fundo deve ter, no mínimo, R$ 12 mil para lidar com situações como perda de emprego ou gastos inesperados com saúde.

3. Tenha metas e objetivos claros para o seu dinheiro

Defina suas prioridades. Pode ser pagar uma dívida, poupar para um imóvel ou investir na educação dos filhos. Estabeleça prazos e valores que podem ser alcançados de forma realista.

4. Reveja seus hábitos financeiros

Pequenas mudanças nos hábitos de consumo podem fazer uma grande diferença no fim do mês. Reduzir o uso do cartão de crédito para compras impulsivas ou trocar jantares caros por refeições caseiras pode gerar uma economia considerável ao longo do tempo.

5. Fale sobre dinheiro

Conversar sobre finanças com a família ou com amigos ajuda a desmistificar o tema e possibilita um aprendizado conjunto. Criar uma cultura de transparência e educação financeira é essencial para que todos os envolvidos em um núcleo familiar entendam a importância de um bom planejamento.

“É preciso desmistificar a ideia de que falar sobre dinheiro é deselegante ou complicado. Quanto mais pessoas tiverem acesso a um conhecimento saudável e efetivo sobre o tema, mais preparadas estarão para enfrentar desafios financeiros”, conclui Daiane.

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