Economia

Fazenda: PIB ficou marginalmente abaixo das expectativas; casas de análise mantêm projeção para 2024

Atualizado 01/03/2024 às 10:51:32

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O Ministério da Fazenda afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 ficou marginalmente abaixo das expectativas, subindo 2,9%, ante estimativa de avanço de 3%. A soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país no ano passado totalizou R$ 10,9 trilhões e mostrou a expansão do agro e alta da indústria, com menos peso do setor de serviços, disse o ministério.

A Capital Economics demonstrou pessimismo com o dado anunciado nesta sexta-feira, destacando a desaceleração da economia brasileira no quatro trimestre de 2023 e afirmando que a fraqueza dos gastos com consumo nos últimos três meses do ano é preocupante. Apesar disso, a consultoria acredita que o PIB deve se fortalecer ao longo deste ano e manteve sua previsão de alta de 1,3% do indicador em 2024.

A Ativa Investimentos considera que o PIB do 4TRI apresentou um “desenho não tão saudável”, já visto ao longo do ano, com nível de investimentos muito baixo. Segundo Étore Sanchez, “trata-se de uma divulgação em linha com o esperado, sem grandes implicações”, com “investimentos baixos e o setor agropecuário sendo protagonista”. Com esse cenário, ele não vê grandes drivers na oferta impulsionando o PIB em 2024, embora acredite num potencial estímulo da demanda, via crédito, mas com efeito limitado. A Ativa espera aumento de 1,7% do PIB para este ano.

Para o BNP/Paribas, a queda do consumo das famílias foi a principal surpresa no PIB do 4TRI, mas o consumo das famílias e os serviços devem sustentar a atividade econômica neste ano. Outro destaque dos últimos três meses de 2023 foram os investimentos, que surpreenderam para cima. A expectativa do banco para o 1TRI é de crescimento de 0,6%, com manutenção de alta de 1,8% ao final do ano.

A WHG tem projeção um pouco mais baixa para o indicador ao final de 2024 (+1,5%) e acredita que a contribuição do agro não deve ser tão grande quanto foi em 2023, podendo até mesmo ser ligeiramente negativa. Segundo a consultoria, a possibilidade de crescimento além de 2,0% para o PIB de 2024 parece difícil. Para que isso acontecesse, seria necessária uma boa aceleração do crescimento trimestral.

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