Economia

PicPay cresce com aumento de 50% na receita e quase dobra lucro de 2023 no primeiro semestre

Atualizado 29/08/2024 às 06:47:35

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Lucro foi de R$ 62 milhões e receita de R$ 2,4 bilhões no período; resultado reflete a diversificação da companhia com a expansão de novas linhas de negócios

O PicPay reportou lucro líquido de R$ 62 milhões no primeiro semestre, quase o dobro dos R$ 37 milhões registrados em todo o ano de 2023. Esse desempenho sólido foi acompanhado por um forte crescimento da receita, de 50% em comparação ao ano anterior, totalizando R$ 2,4 bilhões. A companhia também apresentou um retorno sobre patrimônio (ROE) anualizado de 17,6% no segundo trimestre. Nos seis meses, a receita líquida de juros (NII) consolidada, que envolve operações de
crédito, cartão e carteira digital, foi de mais de R$ 1 bilhão.

O semestre foi marcado pela diversificação, fruto da expansão das novas avenidas de crescimento, como crédito e adquirência, e da estratégia de cross-sell. A receita média por usuário cresceu 40%, atingindo R$ 35.

“Entregamos mais um resultado muito positivo, que reforça nosso compromisso com o crescimento aliado à rentabilidade. A melhora na qualidade dos nossos números e a consolidação das novas avenidas que construímos nos levaram a mais um grande desempenho. Continuamos com foco em ampliar a eficiência da operação sem deixar de oferecer a mais inovadora experiência para os usuários, o que vai acelerar o avanço da companhia nos próximos trimestres”, avalia Eduardo Chedid, CEO do PicPay.

O app já possui 57 milhões de contas, de acordo com relatório do Banco Central, o que posiciona o PicPay como 7º maior banco em número de clientes do país. O montante trazido por 36 milhões de usuários ativos para o ecossistema do PicPay (cash-in) totalizou R$ 175 bilhões no semestre, crescimento de 77% em relação ao ano anterior. O TPV (Total
Payment Volume) foi de R$ 189 bilhões, um crescimento de 66% em relação ao mesmo período do ano passado.

“O aumento do engajamento da base de clientes é um reflexo direto da evolução estratégica do PicPay e do portfólio mais completo, que conta com todos os principais serviços financeiros utilizados pelos brasileiros. Com a diversificação e ampliação, especialmente da oferta de crédito, mais do que atender às necessidades dos usuários, também sustentamos o crescimento da principalidade, ARPAC [Receita Média Mensal por
Cliente Ativo] e monetização”, afirma o diretor de RI, M&A e Estratégia do PicPay, André Cazotto.

A carteira de crédito, composta por empréstimo pessoal, cartão de crédito, consignado, antecipação do FGTS, é destaque entre as frentes que mais contribuíram para a diversificação da receita. Ao final de junho de 2024, a carteira total do PicPay somou R$ 6 bilhões, um aumento de 62% em comparação com o primeiro trimestre. A originação de empréstimos no primeiro semestre chegou a R$ 2,7 bilhões, salto de 230% na base anual. Mantendo a aposta de um mix saudável, os produtos colateralizados contemplam 47% da carteira de crédito e 68% do originado no período. Além disso, a inadimplência de 15 a 90 dias foi de 3,94% no segundo trimestre, abaixo da média do mercado (3,98%) e da média dos principais bancos digitais (4,36%).

O PicPay também manteve o ritmo de emissão de 900 mil cartões de crédito por mês. À medida que aprofunda o relacionamento, o usuário passa a receber micro e pequenos limites, que se expandem progressivamente. O TPV de cartões totalizou R$ 17,1 bilhões, um aumento de 51% na comparação anual.

Expansão de outras frentes

O período também foi marcado pelo lançamento da conta para menores, que é destinada a famílias e crianças e já responde por 17% dos novos usuários. Entre os produtos para pessoa física, o PicPay observa também um avanço no uso de novas funcionalidades, como o Assistente de Pagamentos (antigo Contas em Dia), que permite o pagamento de contas mais ágil e de uma vez só. Mais de 8 milhões de boletos são pagos mensalmente pela ferramenta.

Outro destaque é a oferta de seguros, que alcançou mais de 3 milhões de apólices ativas até junho.

O PicPay também intensificou os esforços para aprimorar a segurança no app, implementando diversas iniciativas, como o Modo Seguro, que garante maior proteção e uma experiência mais segura para os clientes. Além de ocultar saldos e produtos de investimentos, inclusive de contas conectadas via Open Finance, os usuários agora podem restringir transações Pix com base na localização.

Diferente de outras opções no mercado, a empresa escolheu um serviço de geolocalização que não depende de redes de wi-fi, oferecendo assim uma segurança superior.

No segmento PJ, a chegada da maquininha do PicPay impulsionou as operações voltadas para comerciantes e empresas. O TPV da adquirência, que inclui também as transações via QR code, Pix e wallet, chegou a R$ 17,4 bilhões, um avanço de 35% na comparação do
primeiro semestre.

Investimento em Inovação

Enquanto fortalece seu portfólio, a companhia se consolida como referência em inteligência artificial no setor financeiro, ou FinAI. Desde março, a GenAI do PicPay já foi utilizada por mais de quatro milhões de clientes, resolvendo dúvidas sobre pagamentos e serviços do app.

É um dos maiores cases de inteligência artificial do mundo no setor, segundo a Microsoft. Internamente, a tecnologia permite ganhar eficiência e otimizar processos, possibilitando uma ampla escala na criação de peças de marketing e “copilotos” dos desenvolvedores em tarefas do dia a dia. Além disso, o PicPay é destaque na implementação do Open Finance.

A empresa foi uma das primeiras a implementar a jornada sem redirecionamento e a permitir o pagamento com Pix diretamente na Carteira do Google. É a segunda em recepção de dados dos clientes (17%), e também o segundo maior iniciador de pagamentos (22,6%).

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