Economia
Semana encerra com Fed reiterando calma e pessimismo com governo e Petrobras
Os números mistos do payroll de fevereiro e, especialmente, a revisão para baixo do forte número de empregos gerados em janeiro, tiraram um peso das costas dos investidores em Wall Street nesta sexta-feira, que aproveitaram para realizar parte dos lucros da semana, especialmente nas Techs.
Ao longo da semana, Jerome Powell não animou, mas também não assustou o mercado. Repetiu o mantra que os outros membros do Fed já vinham afirmando: é preciso ter “mais confiança” de que a inflação americana está desacelerando de forma “sustentável” em direção à meta de 2%, mas que não vai esperar a inflação chegar na meta para começar a reduzir as taxas. Também disse que um corte neste ano é “provável”, o que reforçou a expectativa do mercado de que o primeiro deles virá em junho.
👉🏻 Clique aqui para seguir o Canal do BDM no WhatsApp
Na Europa, junho também virou a aposta para o começo do afrouxamento monetário do BCE, após Christine Lagarde afirmar que ela e seus colegas pretendem esperar até lá para ter mais dados à mão para avaliar o cenário com mais clareza.
Por aqui, o governo voltou a meter os pés pelas mãos. Lula declarou que os bons resultados na arrecadação permitem ao governo ampliar despesas. A frase veio logo após pesquisas de opinião mostrarem piora na aprovação do governo e pegou mal até entre os integrantes da equipe econômica, que ainda fazem as contas de quanto do Orçamento terão que contingenciar para atingir a meta de déficit zero. O resultado dessa matemática será conhecido no dia 22.
E para fechar a semana ainda pior, Petrobras frustrou as expectativas de dividendo gordo, em meio a rumores de que a decisão teria sido política, com interferência direta de Lula, que deseja transferir o dinheiro dos acionistas para investimentos.
Bom fim de semana! (Téo Takar)