[22/03/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

A semana foi marcada por mensagens importantes dos principais BCs globais. O BoJ abriu a fila com a decisão histórica de tirar o Japão das taxas negativas.

O Fed afastou as preocupações do mercado sobre os dados de inflação fora da curva neste início de ano, manteve a sinalização de três cortes de juros em 2024, mas manteve o suspense sobre quando iniciará o afrouxamento.

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O SNB, da Suíça, foi o mais surpreendente de todos, ao dar a largada no ciclo de cortes de taxas na Europa. O BoE não ficou muito atrás, ao revelar uma mudança de postura importante de seus dois membros mais ‘hawkish’, que votaram pela manutenção em vez de nova alta dos juros no Reino Unido, abrindo caminho para uma redução a parti do meio do ano.

Já o Copom resolveu mudar o ‘forward guidance’ para o singular, deixando em aberto o rumo da política monetária por aqui a partir de junho. Porém, o que mais incomodou na decisão do BC brasileiro foram as “incertezas domésticas”, não especificadas, deixando para a Ata o esclarecimento.

A semana terminou com o tão aguardado contingenciamento do Orçamento, que acabou se transformando em bloqueio (uma forma mais amena, do ponto de vista fiscal) de R$ 2,9 bilhões, bem menor do que os R$ 5 bilhões que se especulava no início do mês.

Ainda assim, o número menor não convenceu o mercado, que segue ressabiado sobre o cumprimento da meta fiscal de déficit zero neste ano.

Bom fim de semana! (Téo Takar)