[09/02/2024] Da Redação do Bom Dia Mercado

A semana começou tensa nos mercados globais, com investidores repercutindo as declarações duras de Jerome Powell em uma entrevista no domingo, que praticamente enterraram as chances de o Fed começar a cortar juros em março.

Ao longo da semana, diversos membros do BC americano se pronunciaram, ratificando a fala do presidente da instituição. Hoje, as atenções estiveram voltadas para a revisão dos números de 2023 do CPI.

Depois do susto provocado pela revisão dos dados de 2022 no começo do ano passado, o receio de um novo repique da inflação agora não se confirmou. Mas, a revisão ligeiramente melhor não deve alterar o plano de voo do Fed.

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Desta forma, as apostas entre início do corte (58,5%) ou manutenção dos juros (41,5%) em maio estão divididas, enquanto o afrouxamento a partir de junho é dado como certo (94,1%), segundo as estimativas mais recentes do CME.

Apesar das preocupações com a economia, os balanços continuaram fazendo a alegria dos investidores em NY e impulsionando principalmente as ações de tecnologia.

Por aqui, não se pode dizer o mesmo. O resultado do Bradesco não agradou nem um pouco o mercado. E a notícia de que a recuperação do banco será lenta derrubou as ações.

O clima em Brasília oscilou bastante nesta semana. Depois do recado curto e grosso de Arthur Lira ao governo, no seu discurso de volta dos trabalhos do Legislativo, hoje o presidente da Câmara fez as pazes com Lula, que decretou que a articulação política ficará a cargo de Rui Costa (Casa Civil), e não mais com Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

O investidor parte agora para o feriadão de Carnaval de olho em Wall Street, que reserva um provável recorde do Nasdaq no começo da próxima semana, após testar os 16 mil pontos hoje. E a agenda por lá reserva a divulgação do CPI americano de janeiro, na 3ªF, quando a B3 ainda estará fechada devido à folia de Momo.

Bom Carnaval! (Téo Takar)