Encerramento das transmissões
Semana encerra com ata do Fed hawkish e receios com meta de inflação
O mercado americano tomou um choque de realidade nesta semana com a Ata do Fed, que trouxe um tom mais duro do que o esperado e ainda mostrou que boa parte dos seus membros está disposta a subir mais os juros se a inflação estagnar no atual patamar ou voltar a subir.
Os investidores estão desistindo da aposta de dois cortes de juros neste ano, mas ainda esperam pelo menos uma redução das taxas, em novembro ou dezembro. O forte balanço da Nvidia foi praticamente o único alento nesta semana para os investidores de ações, que viram o Nasdaq bater novamente seu recorde de fechamento.
Por aqui, o ruído vindo de Brasília se juntou ao cenário externo pesado e derrubou os ativos de risco. Fernando Haddad causou mal-estar ao declarar que atual meta de inflação de 3% é “exigentíssima” e “inimaginável”.
A declaração ocorre no momento que o mercado aguarda o decreto que regulamenta a meta contínua, além da definição da meta dos próximos anos, que deve ocorrer na reunião do CMN de junho.
Hoje foi a vez de Campos Neto, ao comentar que a expectativa de inflação está “subindo bastante no Brasil” e que isso “é notícia ruim para o BC”. Segundo ele, a credibilidade do BC seria um dos fatores que estaria colaborando para a desancoragem das expectativas, além do cenário externo e da questão fiscal.
Bom fim de semana! (Téo Takar)