Valeu a pena esperar a sexta-feira chegar para acompanhar o evento mais aguardado da semana. O mercado “sextou” com a frase direta e reta de Jerome Powell: “Chegou a hora”.

O presidente do Federal Reserve carimbou a data de início do afrouxamento monetário, mas não entregou todo o ouro, deixando no ar a expectativa sobre o tamanho do corte inicial e a duração do ciclo.

Powell deu algumas pistas ao sinalizar que o Fed está preocupado com a rápida desaceleração do mercado de trabalho. Se o payroll de agosto vier pior que o de julho, certamente o banco central americano será mais agressivo.

Permanece a dúvida sobre o que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai fazer em setembro, após o ruído provocado por declarações de Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do BC, dando a entender que o Copom necessariamente teria que subir os juros na próxima reunião.

O Fed está dando uma “mãozinha” ao BC brasileiro, pois a queda do juro lá ajuda a aliviar o câmbio e, consequentemente, alivia a pressão inflacionária. Além disso, as projeções dos economistas apontam desaceleração do IPCA-15 para 0,19% em agosto, depois de marcar 0,30% em julho, segundo o levantamento do Broadcast.

E segue a expectativa pelo anúncio dos novos diretores e do novo presidente do BC, que deve ocorrer nos próximos dias para que o governo aproveite o esforço concentrado do Senado, no início de setembro, para sabatinar e aprovar os nomes, antes das eleições e da reunião do Copom.

Bom fim de semana! (Téo Takar)