Encerramento das transmissões
Semana encerra com nova dose de estresse com mais falas de Lula
A semana termina com mais uma dose de estresse no mercado doméstico, refletida principalmente no dólar a quase R$ 5,60 e na disparada dos juros futuros, que já precificam alta de 0,75 ponto percentual da Selic até o final do ano, contrariando o cenário-base do Banco Central.
O principal motivo ainda é o mesmo da semana passada: os ataques de Lula ao BC. Mas, nesta semana, o presidente acrescentou mais um ponto de preocupação para o mercado ao sinalizar pouca ou nenhuma disposição em realizar cortes de despesas, e mostrou-se especialmente contra o plano da Fazenda de desvincular os reajustes do salário mínimo dos benefícios previdenciários.
Em meio a tanto ruído, a decisão da Fitch de reiterar o rating soberano, com perspectiva estável, ficou em último plano. Na prática, a agência deu mais tempo ao governo para mostrar evolução (ou não) na questão fiscal.
Nos Estados Unidos, o dado mais aguardado da semana, a inflação medida pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE), veio totalmente dentro das expectativas e até chegou a alimentar uma expectativa de corte de juros pelo Fed em setembro.
Mas, logo os membros do Federal Reserve trataram de esfriar o otimismo, ressaltando que a inflação ainda está rodando bem acima da meta e que é preciso ver mais dados para ter confiança em uma queda sustentável dos preços.
Bom fim de semana! (Téo Takar)
