Encerramento das transmissões
Semana encerra com temores de recessão diminuídos nos EUA; ata do Copom e Galípolo impactam dólar
A semana que começou prometendo fuga ampliada de risco por causa do pânico de recessão causado pelo fraco payroll de julho, terminou tranquila, com ações em alta, dólar e juros em baixa. No CME, as apostas majoritárias voltaram a ser de corte de 0,25 ponto percentual no juro pelo Fed em setembro, em vez de 0,50 pp.
Numa semana de agenda fraca, bastou uma queda mais forte no número dos pedidos de auxílio-desemprego para os investidores respirarem aliviados e afastarem o risco de recessão. O mercado passou de um BC “terrivelmente atrás da curva” para algo que não é bem assim.
Diversos dirigentes do Federal Reserve vieram a público dizer de forma velada que o pessoal exagerou na interpretação de apenas um dado. Em Nova York, as bolsas fecharam no azul, ainda que tímido.
Por aqui, o pânico no exterior prometia esvaziar o risco de retomada da taxa Selic. Isso até a ata do Copom vir mais dura que o comunicado, Gabriel Galípolo dar declarações bem conservadoras e o IPCA ficar acima do esperado.
O que pode frear uma Selic mais salgada é o câmbio, elemento de maior atenção no último Copom, mas que com a perspectiva de corte de juro nos EUA – 0,50 ou 0,25pp – pode suavizar por aqui.
Outro fator que ajudou a baixar a temperatura foi a sinalização do Banco do Japão (BoJ), que descartou alta de juro enquanto os mercados estiverem muito instáveis. Não à toa o dólar caiu por quatro sessões esta semana, quando recuou 3,4%. O Ibovespa também foi bem, apesar de tropeços como o prejuízo da Petrobras, e subiu 3,78% na semana.
Bom fim de semana! (Ana Conceição)