Encerramento das transmissões
Semana termina com apostas de cortes do Fed adiadas e ruídos com falas de Haddad
O mercado doméstico terminou a semana estressado, em meio a boatos de declarações que o ministro Fernando Haddad teria dado em uma reunião fechada com agentes do mercado.
O ministro teria falado na necessidade de contingenciar até R$ 30 bilhões em despesas neste ano. Mas, que a decisão de cortar despesas ou mudar os limites arcabouço fiscal era do presidente Lula e que a decisão seria tomada em agosto. Logo, circulou a interpretação entre alguns agentes do mercado de que o governo optaria por não cortar gastos, mas mudar o arcabouço.
O ruído gerou forte pressão sobre o câmbio e os juros futuros e acentuou a queda do Ibovespa, em uma sessão que já começou negativa para os ativos locais por causa do payroll forte.
A geração de empregos e alta dos salários nos EUA acima do esperado em maio deve levar o Fed a manter os juros elevados por mais tempo. Por isso, o mercado passou a postergar as apostas no primeiro corte das taxas de setembro para novembro, levando a uma valorização do dólar e alta nos juros dos Treasuries.
Na próxima semana, as atenções estarão com o Fed, na sua reunião de 4ªF, e também com Haddad, que terá de convencer o Congresso a aceitar a MP do PIS/Cofins como fonte de compensação para a desoneração da folha, após a repercussão negativa do boato de hoje sobre uma possível mudança no arcabouço.
Bom fim de semana! (Téo Takar)