Encerramento das transmissões
Semana termina com conflitos no Oriente Médio e upgrade de rating da Moody's no Brasil
A semana foi marcada por intensa volatilidade nos ativos globais e domésticos, em meio a diversas notícias inesperadas.
Nos Estados Unidos, Jerome Powell surpreendeu ao colocar as cartas na mesa, falando abertamente que o Federal Reserve só pretende realizar mais dois cortes de 25 pontos-base nos juros neste ano, contrariando a expectativa do mercado, de um nova redução de 50 pontos-base em novembro.
E o payroll de setembro, muito acima do esperado, completou o quadro para o Fed ser mais cauteloso em seu plano de aliviar os juros. As atenções agora se voltam para o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), na próxima semana. Um dado acima das projeções pode enterrar também a chance de corte de 25 pb em novembro.
No Oriente Médio, depois dos seguidos ataques de Israel ao Hezbollah no Líbano, o Irã disparou uma centena de mísseis contra o país. A possibilidade de uma resposta dos israelenses manteve os mercados apreensivos ao longo da semana.
O petróleo disparou depois que Joe Biden admitiu que os EUA e Israel estavam discutindo um eventual ataque às áreas de produção do Irã.
Por aqui, a surpresa foi positiva: a agência Moody´s elevou o rating soberano para Ba1, deixando o país a um passo do grau de investimento. Porém, a notícia não fez preço.
Os agentes avaliaram que a Moody’s se baseou apenas no forte crescimento da economia, deixando em segundo plano os riscos fiscais, que permanecem elevados. Além disso, a adoção da bandeira 2 de energia elétrica, por causa da intensa estiagem em várias regiões do país, jogou mais pressão sobre a inflação deste ano, o que deve levar o Copom a esticar a alta da Selic.
Bom fim de semana! (Téo Takar)