Encerramento das transmissões

Semana termina com Galípolo indicado ao BC e expectativa para payroll nos EUA

Atualizado 30/08/2024 às 19:14:38

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A confirmação de que Gabriel Galípolo será o novo presidente do Banco Central a partir de 2025 fez o mercado comprar a tese de que o Copom vai subir os juros na próxima reunião e deve seguir apertando a política monetária até que as expectativas de inflação estejam ancoradas.

A reação do mercado não foi ao acaso. Galípolo deu declarações nas últimas semanas que levaram os investidores a essa interpretação. O próprio diretor tentou corrigir o ruído que ele provocou, mas não convenceu e os DIs seguiram subindo.

Foi necessário Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, vir hoje a público afirmar com todas as letras que o “prêmio de risco na parte curta da curva não é compatível com a mensagem da ata” do Copom e que o ajuste da Selic, “se houver”, será gradual.

A ponta curta da curva parou de subir, mas não cedeu e ainda embute pelo menos 0,5 ponto percentual de alta até o fim do ano.

Já o miolo e a ponta longa subiram forte hoje, com as taxas operando acima de 12% a partir do contrato com vencimento de janeiro de 2029 em diante, refletindo principalmente o avanço dos juros dos Treasuries e a volatilidade do câmbio, que acumulou alta de quase 3% nesta semana, mesmo após duas intervenções do BC, inclusive com venda de dólares à vista, o que não ocorria há mais de dois anos.

A próxima semana deve ser dominada pelo esforço concentrado do Congresso para aprovar projetos relevantes para o governo antes do recesso branco das eleições municipais.

Lá fora, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre de 2024 veio melhor que o esperado na segunda leitura, afastando o fantasma de uma recessão. E o PCE, o índice de inflação preferido do Fed, ficou comportado em julho

Semana que vem, as atenções estarão voltadas para o payroll. Um dado mais fraco pode carimbar um corte de 50 pontos-base nos juros americanos em setembro. Se o emprego se mantiver aquecido, o Federal Reserve deverá ser mais prudente e optar por um ajuste mais gradual da política monetária, com um corte inicial de 25 pb.

Bom fim de semana! (Téo Takar)

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