Encerramento das transmissões
Semana termina com incerteza política nos EUA e risco fiscal no Brasil
O atentado contra Donald Trump no fim de semana passado jogou ainda mais incerteza sobre o cenário eleitoral nos Estados Unidos, que já vinha nebuloso desde o primeiro debate presidencial entre Trump e Joe Biden.
O péssimo desempenho do candidato democrata no debate e os episódios de lapsos de memória e confusão mental nas últimas semanas elevaram a pressão para que Biden desista da reeleição. O atentado colaborou para aumentar o favoritismo de Trump, que agora conta com o fator “vítima” para ampliar vantagem nas pesquisas.
As expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve a partir de setembro ficaram em segundo plano, com dólar e juros dos Treasuries – títulos do Tesouro americano – em alta diante das chances de vitória do republicano, cujo perfil sugere maiores gastos do governo, elevando o déficit fiscal americano.
No ambiente doméstico, o cenário fiscal concentrou as atenções, com muita especulação sobre o bloqueio e contingenciamento de gastos que o governo anunciará na próxima segunda-feira.
Na tentativa de acalmar o mercado, o ministro Fernando Haddad antecipou ontem à noite o valor: R$ 15 bilhões. Mesmo assim, ainda prevaleceu alguma cautela hoje, com economistas à espera do detalhamento do relatório de receitas e despesas.
Os adiamentos, para agosto, das soluções para a compensação da desoneração da folha e para a renegociação da dívida dos Estados também colaboraram para manter os investidores na defensiva nesta semana.
Bom fim de semana! (Téo Takar)