A semana foi de intensa volatilidade para os investidores globais, que passaram os últimos dias atentos aos dados americanos, especialmente aos números do mercado de trabalho.

As palavras de Jerome Powell após a decisão do Fed de 4ªF foram fundamentais para aliviar as tensões, um dia depois de o índice custo do emprego do 1TRI ter mostrado uma alta bem maior que o esperado. O presidente do BC americano jogou para escanteio a possibilidade de uma nova alta de juros neste ano, o que era o maior temor do mercado até aquele momento.

Repetiu que o Fed ainda quer ter mais confiança na trajetória da inflação em direção à meta de 2% e destacou que não houve progresso nos últimos meses. Mas disse algo a mais, que soou como música aos ouvidos de Wall Street: o Fed poderá começar a cortar os juros se o mercado de trabalho tiver uma piora importante.

Passados dois dias, eis que o payroll surpreende a todos ao trazer números bem mais fracos do que o esperado, com a menor geração de empregos em vários meses. Setembro voltou a figurar como possível início para os cortes de juros, bem como a chance de duas reduções neste ano. Há uma semana, o cenário era tão ruim que o mercado já cogitava não ocorrer nenhum corte neste ano.

Por aqui, o investidor também teve bons motivos para ir às compras, com a mudança da perspectiva do rating soberano, de estável para positiva, pela Moody’s, abrindo caminho para um possível “upgrade” da nota Ba2. E, pelo que sinalizou o ministro Fernando Haddad na 3ªF, a Fitch deve fazer o mesmo nos próximos dias.

Bom fim de semana! (Téo Takar)