Juros

Escalada do dólar volta a estressar curva dos juros futuros

Atualizado 28/06/2024 às 18:05:26

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Os juros futuros (DI) registraram nova disparada nesta sexta-feira, em mais uma sessão de forte tensão com os riscos fiscais e preocupação com a trajetória da dívida pública.

A curva já projeta alta da taxa Selic, que não é o cenário-base do Comitê de Política Monetária (Copom), segundo declaração de Roberto Campos Neto em entrevista para comentar o Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Os contratos para janeiro de 2026 e janeiro de 2027 subiram mais de 20 pontos-base.

A escalada do dólar, que hoje ficou a um triz de bater R$ 5,60, foi seguida paripassu pelas taxas futuras, refletindo o déficit pior que o esperado do resultado do setor público consolidado, que atingiu R$ 63,895 bilhões em maio, no pior desempenho das contas públicas para o mês desde 2020. O consenso era de R$ 59 bilhões.

Além disso, a queda da taxa de desemprego maior que o previsto, para 7,1% no trimestre encerrado em maio, também contribui para pesar nas expectativas inflacionárias, enquanto novas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartando medidas de contenção de despesas e sugerindo um BC alinhado politicamente com seu governo colaboraram para o mau humor geral.

No fechamento, o DI Jan/25 marcava 10,770% (de 10,625% no fechamento ontem); Jan/26 a 11,590% (11,320%); Jan/27 a 11,970% (11,730%); Jan/29 a 12,350% (12,135%); Jan/31, a 12,460% (de 12,280%); e Jan/33, a 12,470% (de 12,290%).

(Rosa Riscala)

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