[23/08/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

O apetite por risco voltou com força aos mercados nesta sexta-feira após Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, carimbar o início do afrouxamento monetário banco central americano em setembro.

O presidente do Fed deixou em aberto a magnitude do primeiro corte e a extensão do ciclo, mas sinalizou que o BC americano está preocupado com a desaceleração do mercado de trabalho.

Logo, as atenções a partir de agora estarão voltadas ao payroll de agosto. Um dado fraco abriria espaço para um corte de 50 pontos-base, mas a aposta predominante até o momento ainda é de 25 pb.

Por aqui, o rali provocado por Powell colocou em segundo plano as discussões sobre os próximos passos do Copom, após o ruído provocado pelas recentes declarações de diretores do BC.

Economistas do mercado que se reuniram com diretores do BC hoje afirmaram que será necessário aumentar a Selic entre 0,75 e 1,25 pp nos próximos meses para preservar a credibilidade da autoridade monetária e ancorar as expectativas de inflação.

Por volta das 15h, as bolsas em Nova York subiam cerca de 1% (Dow +0,81%; S&P500 +0,77%; Nasdaq +1,11%). Por aqui, o Ibovespa seguia no mesmo ritmo (+0,73%, aos 136.164 pontos), recuperando-se da correção de ontem.

O dólar caía forte frente aos pares (DXY -0,81%, aos 100,682 pontos) e também diante do real (-1,76%, a R$ 5,4918). Os juros futuros devolviam até 10 pb, em linha com o tombo dos Treasuries.

(Téo Takar)