[16/05/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

Depois da euforia com o CPI ontem, que levou as bolsas americanas a baterem novos recordes de fechamento, os índices estão mais contidos (Dow Jones +0,11%; S&P500 +0,05%; Nasdaq -0,01%) na tarde desta 5ªF, com investidores avaliando uma nova rodada de dados da economia, além de uma série de declarações de membros do Fed.

Os juros dos Treasuries ampliam a alta (T-Note de 2 anos a 4,7826%), assim como o dólar frente aos pares (DXY +0,12%).

Tanto os pedidos de auxílio-desemprego como a produção industrial sugerem uma leve desaceleração da economia americana, o que abriria espaço para um corte de juros em setembro, na avaliação do mercado. Entre os dirigentes do Fed, porém, a visão é outra.

Loretta Mester (Fed/Cleveland) disse que, após as leituras de inflação “decepcionantes” do primeiro trimestre, vai demorar mais tempo para a inflação atingir a meta de 2% ao ano. Ela considera que os dados mais recentes não inspiram maior confiança no progresso da desinflação.

Tom Barkin qualificou o CPI de ontem como ainda fora do que o Fed deseja. Já John Williams considerou o dado uma boa notícia, mas insuficiente para permitir corte de juros.

Por aqui, além da influência externa, o mercado ainda sofre com o rescaldo das mudanças na Petrobras, com nova queda das ações ON (-2,65%) e PN (-2,66%).

O Ibovespa consegue sustentar leve alta (+0,09%, aos 128.142 pontos) com ajuda dos frigoríficos (JBS ON +3,31%; Minerva ON +6,68%). Os juros futuros acompanham o avanço dos Treasuries, especialmente na ponta longa, e o dólar segue de lado (-0,01%, a R$ 5,1360).

(Téo Takar)