[22/08/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

A sessão desta quinta-feira é de ajuste nos mercados, com investidores embolsando ganhos recentes e corrigindo apostas excessivamente otimistas sobre os próximos passos do Federal Reserve.

Depois da Ata confirmar que o banco central americano pretende cortar os juros a partir de setembro e que chegou a cogitar uma redução de 0,25 ponto percentual já em julho, hoje foi a vez de Susan Collins, presidente do Fed de Boston, esfriar as apostas de um corte inicial mais agressivo. “Precisamos ver mais dados, mas um ritmo gradual de cortes é provavelmente apropriado”, disse Collins.

O presidente do Fed de Filadélfia, Patrick Harker, reiterou que a flexibilização começará em setembro, mas disse que ainda não decidiu por um corte de 0,25 ou 0,50 pp. “Quero avaliar os dados”.

Por aqui, os investidores reagiram às declarações duras do diretor do Banco Central Diogo Guillen, que declarou que o BC está “desconfortável” com a desancoragem das expectativas e que na última reunião do Copom foram discutidas tanto estratégias de manutenção como de aumento da taxa Selic.

Ele também destacou o dinamismo acima do esperado do mercado de trabalho. “Não é só forte, mas mais forte do que o esperado.”

Por volta das 15h, em Wall Street, o Dow Jones recuava 0,73%, seguido pelo S&P500 (-1,00%) e pelo Nasdaq (-1,57%). O dólar se recupera frente aos pares (DXY + 0,52%, aos 101,563 pontos) e os Treasuries avançam até sete pontos-base.

Por aqui, o Ibovespa interrompeu a sequência de recordes e opera abaixo dos 135 mil pontos (-1,11%, a 134.947), o dólar avança 1,85%, para R$ 5,5829, e os juros futuros ganham até 16 pb no miolo da curva.

(Téo Takar)