[20/06/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

Os ativos estão bastante voláteis aqui e em Nova York na tarde desta quinta-feira. Lá fora, investidores estão dispostos a embolsar lucros recentes em papéis de tecnologia, embora os analistas de Wall Street sigam apontando o setor como preferência para as compras.

Depois de subir mais de 20% só neste mês, as ações da Nvidia caem 3,15% por volta das 15h20, engatam correção e pressionam o Nasdaq, que cede 0,66%, junto com Apple, que perdem 2,08%.

O S&P500 tem queda de 0,07% e também mostra algum “cansaço” após recordes recentes, mas o Dow Jones sobe 0,85% e segue em alta firme.

Os juros dos Treasuries também sobem (T-Note de 2 anos a 4,7351%), reagindo às declarações de Neel Kashkari (Fed Minneapolis), de que levará tempo para inflação voltar à meta e que o Fed não tem pressa para cortar os juros.

O dólar avança sobre os pares, com o índice DXY avançando 0,33%, após o Banco Central suíço cortar juros e o Banco da Inglaterra (BoE) manter as taxas, mas deixar o caminho aberto para uma redução em agosto.

Ibovespa opera volátil

Por aqui, depois do alívio com a decisão unânime do Comitê Política Monetária (Copom) em manter a taxa Selic em 10,50%, o mercado mostrou alguma volatilidade com as novas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a “esse rapaz”, referindo-se a Roberto Campos Neto.

O dólar à vista chegou a encostar nos R$ 5,47, mas desacelerou para alta de 0,14%, a R$ 5,4496, após o Tesouro anunciar captação de US$ 2 bi em bonds sustentáveis.

Os juros futuros tiveram breve estresse com Lula e agora estão mistos, com os de curto prazo em baixa, refletindo a tendência de manutenção da Selic até o fim do ano, enquanto os de longo prazo seguem a alta dos Treasuries.

O Ibovespa ensaia uma valorização, com atal de 0,14%, aos 120.427 pontos, com ajuda de Petrobras e Vale, enquanto os bancos operam no vermelho.

(Téo Takar)