As bolsas em Nova York avançaram, enquanto os rendimentos dos Treasuries fecharam próximos das mínimas nesta quarta-feira, após Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, dar indicações de que o primeiro corte de juros pode vir em setembro.

Após o BC americano manter as taxas inalteradas, o presidente do Fed evitou dar um “guidance”, mas destacou que está ganhando mais confiança.

Dow Jones (+0,24%, a 40.843 pontos) e S&P 500 (+1,58%, a 5.522) subiram em julho, enquanto Nasdaq disparou hoje (+2,64%, a 17.599) com impulso da Nvidia (+12,90%), mas terminou o mês em queda.

No câmbio, o dólar caiu frente aos pares – índice DXY cedeu 0,51% – e emergentes, mas o real não aproveitou a onda positiva, na esteira da forte valorização do iene, com mais uma rodada de operações de carry trade entre as divisas.

O Banco do Japão (BoJ) elevou o juro em 0,15 ponto percentual, a 0,25%, e sinalizou que mais aumentos podem ocorrer. A moeda americana subiu 0,68%, a R$ 5,6553. Em julho, o dólar avançou 1,20%.

Por aqui, o Ibovespa acompanhou o bom humor externo e teve alta de 1,20%, aos 127.651,81 pontos, com volume de R$ 23 bilhões. Em julho, o Ibovespa subiu 3,02%.

O índice foi impulsionado pelas ações de peso, como Vale e Petrobras, acompanhando o avanço das commodities. A mineradora avançou 2,34%, (R$ 61,63%). As ações ordinárias da estatal subiram 2,71% (R$ 40,60), enquanto as preferenciais ganharam 2,07% (R$ 37,41).

Os juros futuros seguiram os Treasuries e caíram, principalmente na ponta longa.

Agora, os investidores ficam no aguardo do comunicado do Copom, que deve vir com tom mais contracionista.

(Eduardo Saraiva)