Giro dos Mercados

Dólar avança mesmo após intervenção do BC; juros curtos reagem com Campos Neto

Atualizado 30/08/2024 às 15:24:30

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[30/08/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

Depois de uma manhã e início de tarde agitados, com duas intervenções do Banco Central no câmbio e um recado direto de Roberto Campos Neto, presidente da autarquia, ao mercado sobre a precificação da curva de juros, o dólar à vista parece ter se acomodado nesta sexta-feira (+0,58%, a R$ 5,6555).

O desempenho da moeda americana está em linha com a alta da moeda sobre os pares no exterior, com o índice DXY avançando 0,39%, a 101,734 pontos. A justificativa para a atuação do BC foi o ajuste na carteira teórica do índice MSCI Brazil, com fluxo de saída estimado em US$ 1 bilhão.

Já Campos Neto foi direto e reto ao afirmar que o “prêmio de risco na parte curta da curva não é compatível com a mensagem da ata” do Copom. Ele insistiu que o ajuste dos juros, “se houver”, será gradual.

Por volta das 15h15, o taxa de juros futuros (DI) para janeiro de 2025 subia 2,5 pontos-base, para 11,010% e o janeiro para 2026 tinha alta de 4 pb, a 11,870%. Já as taxas longas incorporam até 27 pb (Jan/31 a 12,140%), refletindo o avanço do dólar e dos juros dos Treasuries (T-Note de 10 anos a 3,9073%).

Lá fora, o destaque ficou com a inflação medida pelo PCE de julho (+0,2%), em linha com o esperado. Em Nova York, o índice Dow Jones registra leve queda de 0,10%, enquanto S&P500 (+0,20%) e Nasdaq (+0,28%) operam no azul.

Já o Ibovespa recua 0,45%, aos 135.425 pontos, com investidores embolsando ganhos após a bolsa brasileira acumular alta de mais de 6% em agosto.

(Téo Takar)

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