[03/07/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

O dólar à vista segue ladeira abaixo na tarde desta quarta-feira, caindo 1,89%, a R$ 5,5580, por volta das 15h, ajudado pela mudança de tom do governo e também pela queda expressiva da moeda americana diante dos pares no exterior.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece ter seguido a recomendação de aliados e, desde terça-feira, parou de fazer ataques diretos ao Banco Central, a Roberto Campos Neto e também evitou abordar temas econômicos mais polêmicos.

Durante discurso nesta tarde, Lula afirmou que “responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso deste governo desde 2003. E a gente manterá ele à risca.”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também manteve o tom mais leve, ao afirmar que “a diretoria do BC tem autonomia para atuar [no câmbio] quando entender conveniente. O câmbio vai acomodar, vai acomodar por tudo que estamos fazendo e entregando.”

O alívio no câmbio também é sentido nos juros futuros, com as taxas curtas e médias devolvendo até 14 pontos-base, e na bolsa, com Ibovespa em alta de 1,05%, aos 126.091 pontos.

Lá fora, o dólar também tinha queda importante – com o índice DXY cedendo 0,34%, assim como os juros dos Treasuries, que fecharam mais cedo devido devido à véspera do feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos.

Uma nova rodada de dados de emprego (ADP e pedidos de auxílio-desemprego) e atividade de serviços, medido pelo ISM, abaixo do esperado no país reforçou a aposta do mercado em um primeiro corte de juros pelo Federal Reserve em setembro.

As bolsas em Wall Street também fecharam mais cedo devido à véspera do feriado, com S&P500 (+0,51%, aos 5.537,02 pontos) e Nasdaq (+0,88%, na máxima de 18.188,30) renovando recordes de fechamento, enquanto o Dow Jones caiu 0,06%, para 39.308 pontos.