Giro dos Mercados
Ibovespa cai com fiscal, e NY tem dia misto com CPI e Fed
As bolsas em Nova York fecharam mistas nesta quarta-feira, em dia agitado para os mercados lá fora. Pela manhã, a inflação dos Estados Unidos de maio veio melhor do que o esperado, derrubou os rendimentos dos Treasuries e animou as apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve em setembro.
À tarde, o Banco Central americano manteve as taxas inalteradas e trouxe um comunicado mais duro, com o gráfico de pontos sinalizando apenas uma redução nos juros este ano. Em seguida, o presidente do Fed, Jerome Powell, manteve o discurso de cautela e afirmou que é necessário mais confiança para cortar juros.
Apesar disso, os mercados não se mexeram. Dow Jones caiu 0,09% (38.712,21); S&P500 subiu 0,85% (5.420,96); e Nasdaq avançou 1,53% (17.608,44).
Por aqui, o Ibovespa ficou descolado do exterior e cedeu 1,40%, aos 119.936,02 pontos, com volume de R$ 25,6 bilhões, após vencimento de opções sobre o índice.
O risco fiscal voltou a minar os ativos, após o Congresso ter devolvido a medida provisória do PIS/Cofins, que previa arrecadação de R$ 29 bilhões para compensar a desoneração da folha. Os últimos acontecimentos também afetam a visão do mercado sobre Haddad em aprovar medidas que garantam o cumprimento da meta zero.
O mau humor também provocou alta do dólar, que subiu 0,84%, a R$ 5,4060, e dos juros futuros (DI), que avançaram 0,20pp a partir do DI Jan 27.
(Eduardo Saraiva)