[29/08/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre de 2024, que registrou alta de 3,0%, veio acima do esperado (+2,8%), na segunda leitura divulgada nesta quinta-feira, fez o mercado rever suas expectativas sobre o ritmo que o Federal Reserve iniciará seu afrouxamento monetário no mês que vem.

A aposta em um corte de 0,25 ponto percentual voltou a ganhar terreno sobre a possibilidade de uma redução de 0,50 p.p., o que provocou um ajuste nos ativos, com o dólar (DXY +0,24%) e juros dos Treasuries em alta.

As bolsas em Nova York também sobem, com Dow Jones avançando 0,80%, S&P500 ganhando 0,70% e Nasdaq em alta de 1,11%, com investidores aliviados com o afastamento do risco de um pouso forçado da economia americana.

O avanço ocorre a despeito do tão aguardado balanço da Nvidia, que frustrou as projeções extremamente otimistas dos investidores. As ações da companhia cedem 3,88% em Nova York.

Por aqui, além do impacto do PIB americano, o mercado ainda repercute a confirmação de Gabriel Galípolo para assumir a presidência do Banco Central em 2025.

O Ibovespa recua 0,86%, aos 136.159 pontos, com investidores embolsando os ganhos recentes após novo recorde do índice. A bolsa brasileira caminha para encerrar o mês com ganho acima de 6%.

Já o dólar à vista avança 1,18%, a R$ 5,6204, e segue a tendência externa, afetado também pela briga para formação da Ptax de agosto.

Os juros futuros avançam até 16 pontos-base, especialmente na ponta curta e no miolo da curva, pressionados pelo câmbio, pela alta dos juros dos Treasuries e refletindo ainda alguma incerteza sobre a condução da política monetária com o BC sob comando de Galípolo.

(Téo Takar)