Os mercados tiveram sessão de cautela nesta terça-feira, às vésperas da superquarta, que trará as decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil.

Na expectativa para o primeiro corte nas taxas do Federal Reserve e alta da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o dólar caiu pelo quinto dia seguido frente ao real e perdeu os R$ 5,50, em queda de 0,45%, a R$ 5,4859. Por outro lado, a moeda americana avançou ante os pares (DXY +0,21%), impactado pela desvalorização do iene (+1,16%).

Dados de vendas no varejo e produção industrial subiram além do consenso e mostraram a força da economia dos EUA, provocando alta dos Treasuries (T-note de 2 anos a 3,59%). Porém, as apostas do mercado seguem para um Fed mais agressivo, com chances maiores de um corte de 50 pb (65%), segundo o CME.

Ainda assim, os investidores preferiram aguardar a definição de quarta-feira para tomar uma posição, o que levou às bolsas em Nova York a fecharem próximas da estabilidade. Dow Jones caiu 0,04% (41.606,18 pontos), S&P500 ganhou 0,03% (5.634,70 ); Nasdaq subiu 0,20% (17.628,06).

Por aqui, a cautela também prevaleceu, com o Ibovespa fechando em leve queda de 0,12%, aos 134.960,19 pontos, e fraco volume de negócios (R$ 16,2 bilhões). As ações de companhias de peso no índice ditaram o ritmo outra vez e caíram em sua maioria.

Os juros futuros caíram na ponta curta e média e avançaram na longa, com dólar e Treasuries apontando para direções diferentes.

(Eduardo Saraiva)